Camundongos neste grande laboratório social

Desde que iniciei meus primeiros dias de estudo no ensino superior, com leituras que tratavam sobre Antonio Gramsci eu cheguei a uma conclusão: O Brasil é um laboratório social do marxismo.

Isto é melhor exposto no meu artigo “Uma mente não tão brilhante” presente no e-book “Liberte-se, o que você jamais aprenderá na escola”.

Nada me faz mudar esta opinião, mesmo anos após a produção, pois o Brasil que analiso me reafirmou paulatinamente que estou certo.

Os efeitos da televisão na sociedade foram experimentados, a aplicação de agendas progressistas através de novelas foi experimentada, a mudança de princípios foi experimentada, a mudança de valores foi experimentada, a formação de uma mentalidade através do esporte foi experimentada, tudo é experimentado.

A imposição do medo e como a população reage sob o medo foi experimentada claramente durante a pandemia da COVID, recentemente. Tudo, independente da minha ou sua concordância, foi, é, e sempre será experimentado.

Quem arriscaria uma mudança, um gesto, um ato, sem um simples exercício de teste? Nem um amador. O medo, o pavor, a inércia já foram instalados no brasileiro, mesmo assim, os testes seguem.

Hoje, com a prisão da maior liderança conservadora do Brasil, não é o fim da história. É o teste laboratorial, em diversos tubos de ensaios.

Misturam elementos para investigar quais as possíveis reações, contudo como estes elementos não são químicos, mas sociais, consequentemente a reação não é química, é social.

Você achou que é por acaso esta prisão? Só porque hipoteticamente a o “gópi”, a vigília, a tornozeleira, o Ramagem, a Zambelli… Não. É apenas um experimento.

O ato precisa testar o sistema. O preocupante é: “qual a conclusão deste teste?”

Os “investigadores do laboratório social” prenderam Bolsonaro, mas qual foi a reação da Classe Política? Qual a reação da direita no parlamento? Só discurso? Só post em redes sociais? Se só isso… está tudo dominado.

O Mercado financeiro não pode reagir (por isso a prisão em um sábado posterior ao feriado prolongado), certamente até a abertura do mercado, as coisas estarão arrefecidas.

Como o empresariado reage a isto? “O agro está quieto? Perfeito”, seria este o pensamento dos “investigadores do laboratório social”.

O experimento segue: “Os movimentos sociais conservadores? Ah… estes estão na fase mais profunda do sono. Nem se preocupem.” “Se a maioria do Brasil é cristã, que tal retaliarmos um ato religioso cristão?

Certamente os cristãos já estão cauterizados. Nada farão, mas podemos nos certificar. “Eles não estão preocupados mesmo, sabem que a narrativa presente ainda é a de que “política e religião não se misturam”.

Tudo que presenciamos, cada dose homeopática, foi precisamente calculada.

Este cálculo foi necessário, pois um homem preso, sem denúncia, segue liderando a direita mesmo sem redes sociais, mesmo sem imprensa, mesmo com récua, digo, mesmo com militância gritando em contrário. É necessário neutralizá-lo urgentemente.

Não poderiam libertá-lo, pois seu poder de mobilização seria somado à comoção social e à curiosidade de quem não se interessa em política em uma só manifestação e o resultado desta soma seria a crise no laboratório.

O objetivo do laboratório é eliminar este “vírus” que ousou ir contra o status quo, deste modo, antes de simplesmente reduzi-lo à mera saudade, prenda-o e observe o comportamento social. Se estiver tudo sob controle, aplique uma cautelar. Prenda-o em casa.

Observe o comportamento social. Tudo dominado? Mantenha-o preso mesmo sem denúncia. Ainda sem manifestação perigosa? Avance! Vamos extrapolar e prendê-lo “preventivamente” por atos cristãos programados por terceiros. Assim vamos avançando.

Nesta prisão, será observada a reação clínica do Jair. Se ele reagir bem será preso em regime fechado, na Papuda. Afinal, quem tem se mobilizado por ele? Ninguém.

As manifestações de políticos em redes sociais tem sido estilingue em uma guerra mundial. Não faz diferença nenhuma para os pesquisadores. Mas, caso ele agrave… recuam e esperam sua morte lenta. O importante é que sua morte política e moral já foi imposta.

O experimento observa a reação. Mas quem ousará reagir, se o fato de você ir à praça dos três poderes com uma bíblia representa um ato antidemocrático e uma clara e evidente tentativa de abolição do estado democrático de direito?

Para o povo o assunto importante é o Vini Jr, a Ana Castela, Dudu Camargo e outras idiotices usadas como distração enquanto o bicho papão segue aterrorizando com o fantasma da censura e da ditadura do Supremo Laboratório Social.

Sabe o mais assustador? O Laboratório pegou o resultado de uma análise e percebeu que o time de qualquer reação orgânica passou e esta é a carta em branco que eles queriam para perceber que podem reagir com truculência e veemência contra todo e qualquer ato que ouse ameaçar a segurança do laboratório social.

Enquanto estamos fadigados desse teatro onde o diretor é um psicopata e esperamos um “milagre” os pesquisadores seguem nos experimentando como um bando de camundongo neste grande Laboratório Social.