O Brasil enfrentou em 2024 um dos anos mais desafiadores no combate à dengue. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde revelam números alarmantes: foram registrados 6.484.890 casos prováveis de dengue e 5.972 mortes provocadas pela doença. Além disso, 908 óbitos ainda estão sob investigação, elevando a preocupação quanto à gravidade da epidemia.
O coeficiente de incidência da dengue chegou a 3.193,5 casos para cada 100 mil habitantes até o final de dezembro. Este índice reforça a necessidade de intensificar campanhas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.
Perfil dos casos: mulheres e jovens são maioria
Entre os casos registrados, 55% ocorreram em mulheres. No quesito raça/cor, 42% dos casos prováveis foram identificados entre brancos, seguidos por pardos (34,4%) e pretos (5,1%). A faixa etária mais atingida foi a dos 20 aos 29 anos, refletindo a vulnerabilidade dessa população.
Estados mais afetados: São Paulo lidera
São Paulo concentrou o maior número de casos prováveis (2.182.875), seguido por Minas Gerais (1.695.024) e Paraná (656.286). No entanto, o Distrito Federal destacou-se pelo maior coeficiente de incidência, com 9.907,5 casos por 100 mil habitantes, superando Minas Gerais (8.252,8) e Paraná (5.735,2).
Distrito Federal: aumento dramático
O DF registrou um crescimento impressionante de 584% nos casos prováveis de dengue em comparação com 2023, saltando de 40.784 para 279.102 casos. As mortes subiram de 14 em 2023 para 440 em 2024, com cinco óbitos ainda sob investigação.
Ação necessária
Diante desse cenário, especialistas alertam para a importância de medidas preventivas, como a eliminação de focos de água parada e a conscientização da população. Além disso, políticas públicas mais eficazes e investimento em infraestrutura de saúde são apontados como essenciais para conter o avanço da dengue em 2025.