O Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou 391 etnias e 295 línguas indígenas faladas no Brasil.
O número de etnias cresceu em relação ao levantamento de 2010, quando foram identificadas 305.
As três etnias mais populosas do país são Tikúna (74.061 pessoas), Kokama (64.327) e Makuxí (53.446). Entre as 29 etnias com mais de 10 mil pessoas, a Yanomami/Yanomán apresenta o maior percentual de residentes em Terras Indígenas, com 94,34%, seguida da Guajajara (80,28%) e da Xavante (79,5%).
Já a Tupinambá tem o menor percentual de moradores em Terras Indígenas, com apenas 1,21%.
Distribuição geográfica e diversidade
O estado de São Paulo é o que reúne o maior número de etnias indígenas, com 271, seguido por Amazonas (259) e Bahia (233).
No que se refere à diversidade linguística, o Censo registrou 295 línguas indígenas faladas por pessoas com dois anos ou mais de idade.
As três mais faladas são Tikúna (51.978 falantes), Guarani Kaiowá (38.658) e Guajajara (29.212). Em 2010, haviam sido identificadas 274 línguas faladas por indígenas de cinco anos ou mais.
Línguas e alfabetização
Entre 2010 e 2022, o número de falantes de línguas indígenas entre pessoas de cinco anos ou mais passou de 293.853 para 433.980, um aumento absoluto. Contudo, o percentual em relação ao total da população indígena caiu de 37,35% para 28,51% no mesmo período.
O percentual de indígenas de cinco anos ou mais que não falam português diminuiu de 17,49% (2010) para 11,93% (2022). Dentro das Terras Indígenas, no entanto, a taxa de não falantes de português subiu de 28,85% para 30,96%.
Entre as 308 mil pessoas indígenas de 15 anos ou mais que falam alguma língua indígena, 78,55% (242 mil) são alfabetizadas — taxa inferior à média de alfabetização da população indígena total, que é de 84,95%.
Registro civil
O levantamento também apontou que 5,42% das crianças indígenas de até cinco anos não possuem registro de nascimento, um índice 4,91 pontos percentuais acima da média nacional para a mesma faixa etária (0,51%).

















