Fui eu quem trouxe a público a denúncia contra a secretária de Obras, Thaís Escobar.
Áudios, prints, “cardápio” e até PIX apontando para um possível esquema de atravessadora de THC em cigarros eletrônicos. Não é pouca coisa.
O assunto explodiu nas redes: já passa de 300 mil visualizações.
A reação dela? Postar um vídeo chorando perseguição. E o detalhe: disse que era por ser mulher. Engraçado… já vi cabeças do primeiro escalão rolarem por muito menos. Homens, mulheres, gente com currículo maior e cargo menor.
Mas, com Thaís, o prefeito Joaquim Silva e Luna resolveu passar pano com o rodo inteiro.
E aqui fica a pergunta que não quer calar: será que essa blindagem é só pra ela? Ou vai virar política oficial da gestão? Porque se escândalo agora pode ser tratado como “coitadismo”, amanhã qualquer servidor que cair em denúncia vai gritar perseguição e pronto, tá salvo.
A Prefeitura precisa entender que perseguição é uma coisa, denúncia fundamentada é outra. Misturar as duas é brincar com a inteligência da cidade.
E se o prefeito acha que manter no cargo alguém cercado de suspeitas é governar, precisa rever a cartilha de conduta que ele mesmo criou e que agora rasga.
Porque confiança não se compra com discurso pronto, e muito menos se mantém com pano sujo passando em público.