O governador Carlos Massa Ratinho Junior defendeu, nesta sexta-feira (31), em Londrina, a continuidade e o fortalecimento das APAEs e escolas de educação especial no Paraná.
A declaração foi uma resposta ao novo decreto do governo federal que incentiva a inclusão de alunos com deficiência exclusivamente em salas de aula comuns, o que, segundo o governador, ameaça o funcionamento das instituições especializadas.
Durante o evento de liberação de R$ 60 milhões (sessenta milhões de reais) para a ampliação do Hospital do Câncer de Londrina, Ratinho Junior afirmou que o Paraná é o estado que mais investe em educação especial no país.
“Nós investimos meio bilhão por ano nas escolas especiais. Esse é um modelo que deu certo e que dá muito certo. Esse decreto federal é lamentável e nós vamos lutar em defesa das APAEs”, declarou.
Defesa e articulação política
O governador destacou que trabalhará junto à bancada federal paranaense para garantir a manutenção das escolas especializadas.
“Estamos inaugurando novas sedes da APAE em todas as regiões do Estado, dando oportunidade a professores e alunos de terem um espaço adequado, que os atende de forma respeitosa”, afirmou.
A política de valorização da educação especial no Paraná inclui a construção de novas unidades e a equiparação salarial dos profissionais que atuam nas instituições conveniadas.
Desde 2021, o Estado tem adotado medidas para modernizar as estruturas e ampliar o atendimento.
Investimento e estrutura
Atualmente, o governo mantém parceria com entidades filantrópicas que atendem cerca de 48 mil estudantes com deficiência intelectual, autismo e múltiplas deficiências com alta necessidade de suporte — sendo 24 mil com até 17 anos.
O investimento anual é de R$ 480 milhões (quatrocentos e oitenta milhões de reais), e a previsão é alcançar R$ 1,9 bilhão (um bilhão e novecentos milhões de reais) até 2027.
Na rede estadual de ensino, há mais de 100 mil estudantes público-alvo da educação especial, distribuídos em 2.035 salas de recursos multifuncionais e atendidos por equipes multiprofissionais, que incluem professores especialistas, mediadores, intérpretes de Libras e profissionais de apoio.
Novas unidades e acessibilidade
O Estado está construindo 17 novas unidades da APAE, entre obras concluídas, em andamento e em fase de projeto.
Duas escolas já foram entregues, em Nova Laranjeiras e Flor da Serra do Sul. As demais estão em diferentes etapas, em municípios como Douradina, Guamiranga, Kaloré e Nova Londrina.
Os prédios seguem um padrão de acessibilidade e estrutura moderna, com salas adaptadas, ambientes para fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e psicologia.
Inclusão com responsabilidade
Ratinho Junior reafirmou que o modelo paranaense de inclusão prioriza o desenvolvimento real dos estudantes.
“A inclusão deve ocorrer com estrutura adequada, suporte técnico e profissionais preparados. Acreditamos em uma educação que acolhe e respeita cada estudante”, completou.
O Paraná mantém diálogo permanente com as instituições e entidades representativas do setor para aprimorar o atendimento e fortalecer tanto a rede regular quanto as escolas especializadas.
















