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Polêmica sobre livro didático termina em derrota judicial para Silvana Garcia

Ação motivada por denúncia do vereador Bosco Foz (PL) é considerada sem base legal; juiz destaca prejuízo a alunos e professores da rede municipal.

Diário das Águas por Diário das Águas
24 de julho de 2025
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Foto: Reprodução.

Foto: Reprodução.

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A 2ª Vara da Fazenda Pública de Foz do Iguaçu concedeu, nesta terça-feira (23), uma decisão liminar que obriga a prefeitura a restituir o material didático “English After School” às escolas municipais.

O livro, voltado ao ensino de língua inglesa para turmas do 4º ano do Ensino Fundamental, havia sido recolhido por ordem do Município, gerando protestos de educadores e do sindicato da categoria.

A ação foi movida pelo Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu. Segundo a entidade, a retirada do material ocorreu sem justificativa formal, motivada por uma polêmica política envolvendo um vereador local.

O parlamentar afirmou, por meio das redes sociais, que uma tirinha presente no livro incentivaria a “sexualização precoce” de crianças por conter diálogo afetivo entre duas personagens femininas no contexto do Valentine’s Day.

Pressão política e decisão precipitada: os bastidores da polêmica

No centro da controvérsia está o vereador Bosco Foz (PL), que alegou ter sido procurado por pais de alunos preocupados com o conteúdo do material didático.

Em suas publicações nas redes sociais, usou termos como “monstruosidade” e “ataque à inocência”, prometendo formalizar a retirada dos livros e afirmando que o material teria sido “sorrateiramente distribuído durante a pandemia”.

A repercussão provocou ação imediata da Secretaria de Educação, que ordenou o recolhimento dos livros sem qualquer diálogo com os educadores. A medida foi duramente criticada pela comunidade escolar.

Paralelamente, o jornalista Ed Queiroz revelou que a secretária de educação Silvana e outras duas servidoras haviam participado de um evento de uma editora de livros bilíngues na cidade de Pilar (AL).

Em vídeo publicado pelo Secretário de Educação de Pilar/AL, aparece a Secretária de Educação Silvana Garcia confirmando que iria implantar o material no município. Veja o vídeo abaixo:

Diante da pressão política e da resposta imediata da Secretaria, a judicialização do caso tornou-se inevitável. A seguir, a decisão da Justiça detalha por que a retirada do material foi considerada ilegal.

Juiz vê erro grave e suspende retirada dos livros

O juiz Wendel Fernando Brunieri, da 2ª Vara da Fazenda Pública, acatou o pedido de antecipação de tutela. Em sua decisão, afirmou que o ato administrativo que ordenou o recolhimento carece de motivação legal, ferindo princípios constitucionais como a liberdade de ensino e o direito à educação.

“O ato impugnado não apresenta causa justificante para a medida extrema de retirada do material, o que, neste momento inicial, aponta mais para um prejuízo do que para um benefício”, escreveu o magistrado.

Ele também observou que o livro já vinha sendo utilizado há anos.

Prazo de 10 dias para devolução

Com base no artigo 300 do Código de Processo Civil, a decisão judicial suspendeu os efeitos do memorando interno nº 40218/2025 e determinou a devolução imediata do material “English After School”, 4º ano, Livro 1.

O prazo dado à prefeitura é de 10 dias, sob pena de multa de R$ 10 mil, valor que poderá ser aplicado diretamente à secretária Silvana Garcia, responsável pelo cumprimento do ato, e não ao erário público.

O juiz ressaltou que os efeitos da medida são reversíveis, permitindo que os materiais sejam novamente recolhidos, caso a decisão seja revista posteriormente.

Liberdade pedagógica e direitos constitucionais

A decisão também reforça princípios constitucionais da liberdade de ensinar, aprender e pesquisar, conforme previsto no artigo 206 da Constituição Federal. Para o juiz, o recolhimento sem justificativa clara representa uma violação à autonomia pedagógica e um prejuízo direto aos alunos e professores.

A prefeitura ainda pode recorrer da decisão, mas, enquanto isso, deve cumprir a ordem judicial para evitar sanções.

O que é o Valentine’s Day e como é trabalhado na educação

Para compreender o centro da controvérsia, é necessário entender o que representa o Valentine’s Day e como essa data é abordada no ensino de inglês.

O Valentine’s Day, celebrado em 14 de fevereiro, é amplamente abordado em materiais didáticos de língua inglesa como forma de apresentar aspectos culturais.

Em escolas dos Estados Unidos e de outras nações de língua inglesa, é comum que crianças troquem cartões com mensagens de amizade e carinho entre colegas e professores, sem qualquer conotação romântica ou sexual.

No ensino de inglês, a data é utilizada pedagogicamente para trabalhar vocabulário afetivo e expressões simples do cotidiano. Frases como “Be my Valentine” ou “I love you” são ensinadas em contextos de afeto e convivência, e sua aplicação em materiais voltados ao público infantil tem caráter exclusivamente educativo.

Em inglês, a expressão “I love you” é usada de forma mais ampla e flexível do que no português, podendo representar amor fraternal, amizade ou apreço — especialmente em faixas etárias mais jovens. Por isso, especialistas consideram inadequado interpretar esse tipo de conteúdo como impróprio ou sexualizado.

Servidora denuncia falta de critério técnico e cronologia suspeita

Além dos aspectos jurídicos e culturais, bastidores da Secretaria revelam contradições e possíveis falhas na condução do caso.

Uma servidora da Secretaria Municipal de Educação, que pediu anonimato por receio de retaliações, relatou que participou de reuniões técnicas nas quais se discutia a aplicação do material “English After School”.

Segundo ela, embora houvesse atualizações pontuais nos planos de aula ao longo dos anos, a orientação pedagógica permanecia a mesma: o foco principal era o vocabulário e a gramática vinculados às unidades do livro.

Os temas culturais, como o Valentine’s Day, podiam ser trabalhados dentro dos períodos planejados, desde que o ritmo da turma permitisse. “Na maioria das vezes, esse conteúdo cultural acabava não sendo aplicado, justamente porque os alunos estavam em fase inicial e o tempo era limitado”, explicou.

A servidora também afirmou que, até onde foi possível apurar, não houve qualquer avaliação técnica por parte da Secretaria para embasar a retirada dos livros, tampouco consulta a uma equipe pedagógica especializada.

Ela chamou atenção para a sequência dos acontecimentos: a viagem de integrantes da secretaria a um evento promovido por outra editora ocorreu numa sexta-feira; no domingo, o vídeo do vereador foi publicado; e na manhã de segunda-feira já havia uma ordem para recolhimento dos materiais.

Para parte da comunidade escolar, isso alimenta a suspeita de que o recolhimento do material teria sido motivado não por razões técnicas ou educacionais, mas por interesses políticos ou comerciais ainda não totalmente esclarecidos.

Reação do vereador Bosco Foz à decisão judicial

Em nota pública, o vereador Bosco Foz (PL) voltou a criticar o material didático e classificou a decisão da Justiça como um desrespeito às famílias.

Segundo ele, o conteúdo do material é “inadequado, subjetivo e confuso”, e deveria ser avaliado sob a ótica dos valores familiares, não apenas pela escola.

Bosco afirmou que foi procurado por pais preocupados e considera que a escola “não pode ser um campo de experimentação ideológica”. Ele criticou o uso do Valentine’s Day como exemplo, dizendo que a data possui conotação romântica e fere o papel da família na formação moral das crianças.

O vereador também rebateu a atuação do sindicato autor da ação. Para ele, o Sinprefi “não representa todos os professores” e a retirada dos livros foi uma “resposta legítima a um clamor social”.

Em tom firme, declarou que não recuará e espera que a Prefeitura recorra da decisão. Ele afirmou que continuará “ao lado das famílias”. Veja a nota completa do vereador: (AQUI).

A equipe do Diário das Águas entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação de Foz do Iguaçu para solicitar esclarecimentos sobre o recolhimento do material didático, os critérios adotados na decisão e a participação de servidores em eventos relacionados à aquisição de novos livros.

Até o momento da publicação desta matéria, não houve retorno oficial por parte da Secretaria.

Fonte: Diário das Águas
Tags: Bosco FozDecisão JudicialEducaçãoFoz do IguaçuInglêslivros didáticosPrefeituraProfessoresSilvana GarciaValentine’s Day
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