A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu aprovou, em sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira, 11 de dezembro, a criação de 22 vagas adicionais no cargo de Educador Social, com o objetivo de fortalecer a execução dos serviços prestados nos CRAS, CREAS e demais programas sociais do município.
Funções e atribuições dos educadores sociais
O cargo de Educador Social envolve a realização de atividades socioeducativas, apoio técnico e administrativo, atendimento direto ao cidadão e acompanhamento de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco social.
Também inclui ações de mobilização comunitária e apoio ao planejamento, monitoramento e gestão das unidades e serviços da rede socioassistencial.
As novas vagas permitirão suprir a ausência de trabalhadores terceirizados que atuavam como entrevistadores do Cadastro Único.
Com o fim do contrato, essas funções passaram a ser absorvidas pelos educadores sociais, ampliando a carga de trabalho das equipes e reduzindo a capacidade de atendimento nos equipamentos públicos.
Demandas e críticas apresentadas por vereadores
Durante a votação, a vereadora Valentina Rocha (PT) afirmou que existe uma demanda urgente nos serviços de assistência social, destacando filas extensas e dificuldades operacionais decorrentes do atraso de mais de seis meses na distribuição de cestas básicas.
Ela defendeu a valorização dos servidores, mas considerou insuficiente a abertura de 22 vagas para atender às necessidades atuais.
Reivindicações da categoria e condições de trabalho
Os servidores que atuam na proteção social têm dialogado com os vereadores e reivindicam redução da jornada de trabalho, criação de dez referências salariais, instituição de um novo nível de carreira e convocação de profissionais efetivos.
A categoria solicita o envio de um projeto de lei que reduza a carga horária dos educadores sociais para 30 horas semanais.
Segundo os trabalhadores, a redução de mais de duas horas de atendimento nos CRAS e CREAS durante o horário de almoço tem prejudicado a população, já que os servidores passaram a assumir a demanda antes atendida pela equipe terceirizada.
Outro ponto destacado pelos educadores é a necessidade de reforço das equipes diante de episódios recorrentes de ameaças e acusações por parte de alguns usuários, o que tem gerado preocupação quanto à segurança e às condições de trabalho nos equipamentos públicos.
















