A Usina de Itaipu produziu 13,8 milhões de megawatts-hora (MWh) nos dois primeiros meses de 2025, um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024. Essa energia seria suficiente para abastecer o mundo por 5 horas, o Brasil por 8 dias ou o Paraguai por 7,5 meses. No bimestre, Itaipu forneceu 7,8% da eletricidade usada no Brasil e 77% no Paraguai, sendo a principal fonte para os dois países.
O resultado impressiona ainda mais porque fevereiro de 2025 teve um dia a menos. Enio Verri, diretor-geral brasileiro, destacou que a usina respondeu rapidamente à alta demanda causada por ondas de calor, garantindo energia extra e segurança aos sistemas elétrico brasileiro e paraguaio. Em janeiro, foram gerados 5,1 milhões de MWh só para o Brasil, cobrindo 8,26% do consumo nacional.
O calor intenso em janeiro e fevereiro elevou o uso de energia, quebrando recordes. No Brasil, o consumo atingiu 106.532 MW em 26 de fevereiro. No Paraguai, o pico foi de 5.054 MW em 11 de fevereiro, superado em 4 de março com 5.122 MW. Itaipu foi essencial para atender essa necessidade, especialmente no fim da tarde, quando a geração solar cai e a demanda sobe.
Renato Sacramento, diretor técnico executivo, comparou Itaipu a uma “bateria natural”. Ele explicou que hidrelétricas como ela ajustam a produção rapidamente para compensar a falta de outras fontes, como a solar. Por seu tamanho, Itaipu tem um papel ainda maior, ajudando a manter a estabilidade das redes elétrica dos dois países.
A usina prova sua importância em momentos de crise energética. Com capacidade de resposta e grande volume de geração, Itaipu segue como peça-chave para Brasil e Paraguai, enfrentando desafios climáticos e garantindo eletricidade em larga escala.