O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgou um painel interativo com projeções populacionais para os 399 municípios do estado entre 2025 e 2050.
O estudo, baseado nos dados do Censo Demográfico de 2022, apresenta estimativas por idade, sexo, área urbana e rural, além de cenários para a população em idade escolar — ferramenta que deve orientar políticas públicas nas próximas décadas.
Crescimento urbano acelerado
As projeções indicam uma transição consolidada para o meio urbano. Em 2025, o Paraná terá 10,67 milhões de habitantes nas cidades e 1,21 milhão na zona rural. Em 2050, a população urbana deve alcançar 11,65 milhões de pessoas, enquanto a rural cairá para 745 mil — redução de 473 mil moradores no campo.
O grau de urbanização, que era de 89% em 2022, chegará a 94% em 2050. Segundo o Ipardes, 147 municípios deverão atingir proporção igual ou superior à média estadual, com 94% da população residindo em áreas urbanas.
População mais velha e menos rural
O estudo mostra um envelhecimento progressivo da sociedade paranaense. Em 2025, o estado contará com 2,08 milhões de pessoas com 60 anos ou mais (17,56% da população).
Em 2050, esse grupo somará 3,69 milhões (29,81%). O número de idosos com mais de 90 anos chegará a 164 mil, sendo 36 mil apenas em Curitiba.
O índice de envelhecimento — que compara o número de idosos ao de crianças e adolescentes — deve passar de 91,6 em 2025 para 217,7 em 2050, quase triplicando em 25 anos.
Mudanças demográficas e equilíbrio de gênero
Em 2035, a principal faixa etária do Paraná será de 40 a 44 anos, com mais de 890 mil pessoas. Dez anos depois, em 2045, a concentração se desloca: entre mulheres, o pico estará entre 50 e 54 anos, e entre homens, de 40 a 49 anos.
O levantamento também aponta aumento da presença feminina.
Hoje, as mulheres representam 51,2% da população (6,08 milhões), e essa proporção subirá para 51,5% em 2050, quando o estado deve alcançar 12,04 milhões de habitantes.
Planejamento para o futuro
De acordo com o presidente do Ipardes, Jorge Callado, o painel “é essencial para o planejamento e a implementação de políticas públicas”. Ele acrescenta que o estudo “também auxilia os diversos setores produtivos na análise e previsão de suas atividades presentes e futuras”.
O instituto mantém ainda outro painel histórico com dados dos censos realizados desde 1872, permitindo acompanhar a evolução populacional — que passou de 126 mil habitantes no primeiro levantamento para mais de 11,4 milhões em 2022.

















