O Brasil atingiu a marca de 213,4 milhões de habitantes em 2025, um crescimento de 0,39% em relação ao ano anterior, segundo as Estimativas da População divulgadas na última quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados, que têm 1º de julho como data de referência, confirmam uma tendência de desaceleração no crescimento populacional do país, conforme apontado pelo Censo 2022.
Desaceleração e realidade regional
De acordo com o IBGE, a tendência de crescimento da população é cada vez menor. A pesquisa revela que 37,3% dos 5.571 municípios brasileiros apresentaram redução populacional.
A região Sul é a que concentra o maior percentual de cidades que perderam habitantes, com 41,6% de seus municípios registrando queda na população. Em todo o país, quase metade (45,8%) dos municípios com até 20 mil habitantes encolheram, sendo a faixa populacional mais afetada pela redução.
Dinâmica das capitais
As 27 capitais estaduais concentram 23,1% da população total do país, com 49,3 milhões de habitantes. Cinco delas registraram perda populacional em relação a 2024: Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Porto Alegre (RS) e Natal (RN).
Segundo o IBGE, o movimento comum é a perda de população dos municípios mais centrais para as cidades do entorno, na região metropolitana.
Na contramão, a capital com maior crescimento foi Boa Vista (RR), com alta de 3,26%, explicada principalmente pela migração de venezuelanos. Florianópolis (SC) também teve alta expressiva, de 1,93%.
Os extremos populacionais
São Paulo continua sendo o município mais populoso do Brasil, com 11,9 milhões de habitantes, seguido por Rio de Janeiro (6,7 milhões) e Brasília (3 milhões).
Entre as cidades que não são capitais, as mais populosas são Guarulhos (1,3 milhão) e Campinas (1,2 milhão), ambas em São Paulo. No outro extremo, o menor município do país é Serra da Saudade (MG), com 856 habitantes.