Tem presente que vem embrulhado em papel bonito, mas quando a gente abre… é bomba. E o pior é que essa bomba pode cair bem no colo de quem mais precisa: pais, alunos e comerciantes de Foz do Iguaçu.
A Prefeitura está “estudando”, (essa palavra que eles adoram usar pra quando querem fazer uma coisa impopular sem assumir), acabar com o Cartão Material Escolar.
Sabe aquele benefício que ajuda famílias da rede municipal a comprar os materiais escolares no comércio local, com liberdade de escolha, dignidade e impulso à economia da cidade? Pois é. Estão querendo trocar por um kit pronto, fechado, padronizado… e, dizem as más línguas, fornecido por empresas de fora.
É isso mesmo: tiram da mão do pai a chance de escolher o que o filho vai usar e tiram do bolso do comerciante iguaçuense o direito de vender. Um baita presente de grego.
O cartão não é só papel e tinta. É autonomia. É o menino que escolhe o caderno com o herói que ele gosta. É a mãe que compara preço, que escolhe um lápis mais resistente, uma mochila com rodinha porque o filho vai longe. É o comerciante que emprega, que reforça o estoque, que aposta na cidade.
E agora querem transformar isso tudo em kit pronto, igual pra todo mundo, numa licitação que ninguém viu, de uma empresa que ninguém conhece, num processo que ninguém pediu. Pode isso, Arnaldo?
A vereadora Márcia, que não é de falar alto, mas quando fala, a gente escuta, cobrou explicações. Mandou requerimento, pediu prestação de contas, quis saber o porquê desse retrocesso. Porque, sim, é isso: retrocesso. E quando a gestão prefere o atalho da praticidade ao invés do caminho da justiça social, todo mundo sai perdendo.
Aliás, que ironia: uma cidade turística, que vive de vender experiências personalizadas pro visitante, agora quer empacotar a educação básica em kit pronto, igual pra todo mundo, como se fosse brinde de evento. Fica feio, Foz.
E pra você, prefeito Silva e Luna, fica o recado: antes de querer cortar o cartão dos outros, tente se colocar no lugar de quem depende dele.
Sou plenamente de acordo onde TODAS as crianças vão receber material escolar. Há pais que ganham o cartão mas compram material escolar pro filho que está no fundamental 2 ou no ensino médio, pois os materiais escolares são mais caros, deixando de comprar prós menores e as professoras dessas respectivas crianças tiram dinheiro do bolso pra suprir. Que se faça licitação específica, apenas dentro da cidade (óbvio que a mais conceituada rede de papelaria iria ganhar né genteee) mas ao menos a criança de CMEIS quanto fundamental 1 terão igualmente estes materiais! Ou melhor, repasse esse valor aos gestores das escolas e CMEIS para eles comprarem material escolar..,.JAMAIS vai faltar material algum, pois eles prestam contas e são extremamente cobrados para isso.