A Justiça de Foz do Iguaçu decidiu que o caso que apura a morte de Zarhará Hussein Tormos seguirá para julgamento pelo Tribunal do Júri.
A juíza responsável pelo processo proferiu sentença de pronúncia, etapa que não determina condenação, mas reconhece que há provas da materialidade e indícios suficientes de autoria para que os acusados sejam julgados por cidadãos escolhidos como jurados.
Resumo dos fatos
Segundo a denúncia, Zarhará foi morta em 26 de fevereiro de 2025, quando foi imobilizada com fita adesiva e executada dentro de seu carro, no bairro Remanso Grande.
O corpo foi encontrado dois dias depois. Para o Ministério Público, Pamela da Silva de Campos teria efetuado os disparos, enquanto Bruno Martini Vieira teria auxiliado na fuga e na execução do plano.
Perícias reforçam essa versão: fragmentos digitais de Pamela foram encontrados na fita usada para amarrar a vítima e na maçaneta interna do veículo.
Câmeras de vigilância registraram os deslocamentos dos acusados antes e depois do horário do crime.
Acusação e crimes conexos
Além do homicídio qualificado, a denúncia também atribui a Pamela crimes de ameaça, furto de pertences da vítima, invasão de dispositivo informático e destruição de documento.
Bruno responde também por receptação, por supostamente ocultar o notebook subtraído após a morte.
Laudos e análises telemáticas apontam uso do notebook da vítima para acessar contas pessoais e redes sociais, além da destruição da CNH de Zarhará.
Fundamentação da juíza
A magistrada rejeitou todas as alegações preliminares das defesas, entre elas pedidos de anulação de provas e alegações de cerceamento.
Para a juíza, os elementos reunidos, laudos, imagens, dados telemáticos e outros documentos, atendem ao que a lei exige nesta fase, prova da materialidade e indícios suficientes de autoria.
A juíza ressaltou que a pronúncia não analisa culpabilidade, mas apenas permite que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri, espaço adequado para discutir divergências sobre intenção, participação exata de cada réu e demais teses defensivas.
Decisão final
A sentença pronunciou ambos os acusados por homicídio qualificado e manteve todos os crimes conexos descritos na denúncia.
O processo agora avança para as etapas preparatórias da sessão plenária, quando os jurados decidirão se os réus serão ou não condenados.

















