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Home Opinião - Adriana Menon

Cabelo maluco pra quem?

Enquanto uns se divertem, outros revivem dores. A escola precisa rever o que chama de lúdico.

Adriana Menonpor Adriana Menon
22 de outubro de 2025
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Foto: Ilustrativa gerada com auxílio de IA.

Foto: Ilustrativa gerada com auxílio de IA.

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Ouça este conteúdo.

Eu ia escrever sobre outra coisa. 

Mas, na semana passada, houve o tal do Dia do Cabelo Maluco na escola. 

E eu simplesmente não consegui ficar em silêncio.

Cresci ouvindo que meu cabelo era ruim, “exótico, diferente demais. 

Passei anos tentando ajeitar, disfarçar, esconder. 

A dor que senti com isso  a vergonha, o riso dos colegas, os olhares dos adultos não foi brincadeira. 

E ainda não é.

Quando vejo escolas promovendo esse tipo de atividade lúdica, me pergunto: para quem isso é divertido? 

Porque para muitas crianças negras é só mais um dia em que seu corpo vira fantasia. 

Seu cabelo  que é identidade  vira piada.

E tem mais: além do racismo disfarçado de diversão, há o capacitismo embutido. 

Cabelo “maluco”? O que é isso? 

Por que ainda usamos a loucura como algo engraçado ou anormal? 

Quantas crianças com sofrimento mental estão ali, sendo expostas a um vocabulário que reforça estigmas?

A ciência já avisou. A escola precisa ouvir.

Segundo estudos da Universidade de Harvard, o racismo cotidiano e a ausência de suporte são experiências adversas na infância.

Esse tipo de violência constante ativa o cérebro em alerta, provocando o chamado estresse tóxico. Isso afeta o desenvolvimento, a autoestima e a saúde emocional.

E não é exagero. É dado:

  •  61% dos casos de racismo acontecem nas pré-escolas. 
  •  38% nas creches. 
  •  54% dos responsáveis relatam racismo nas instituições de ensino. 

Dói saber que enquanto algumas crianças podem brincar com o cabelo, outras crescem tentando sobreviver ao próprio.

Cabelo não é adereço. 

Cabelo é história. 

É herança. 

É sagrado.

Talvez a gente precise reformular a pergunta: 

Em vez de “cabelo maluco”, que tal um “dia do orgulho das raízes”? 

Porque respeito também se aprende. E começa na infância.

________
* Fonte: Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal / Datafolha.

 

⚠️As opiniões expressas neste texto não representam, necessariamente, a posição editorial do Diário das Águas.

 

Fonte: Adriana Menon
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Adriana Menon

Adriana Menon

Professora e pesquisadora. Escreve sobre educação afrocentrada, afetividade e transformação social.

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Comentários 1

  1. Lito says:
    2 semanas atrás

    Tive acesso ao seu texto dias depois do evento cabelo maluco nas escolas. Confesso que gosto do lúdico da proposta, mas tenho incômodos com o rumo que levam as coisas. Em meio as discussões na rede em que vemos desde existir ou não o dia do cabelo maluco, até o argumento de que a proposta vai contra os ideais (conservador) de masculinidade, o seu texto apresenta um horizonte necessário para a discussão, a dimensão de que as vivências no ambiente escolar deve considerar o contexto dos educandos e em uma sociedade marcada pela colonização é mais do que necessário apontar que as violências ainda se fazem presentes. Partindo da ideia de que ensinar é um ato politico, é mais que necessário a revisão das atividades com propostas lúdicas que desconsideram a diversidade cultural do território. Sua proposta de Dia do Orgulho das Raízes vai ao encontro da lei 10.639/2003 e me parece uma importante ação para a valorização da beleza e cultura afro brasileira e enfrentamento aos racismos que crianças sofrem no ambiente escolar.

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