A Prefeitura de Foz do Iguaçu apresentou, na manhã desta quarta-feira (17), os resultados do primeiro censo municipal da população em situação de rua.
O levantamento, realizado em agosto, identificou 589 pessoas vivendo nas ruas da cidade e servirá como base para novas políticas públicas.
Segundo o secretário de Assistência Social, Alex Thomazi, os dados anteriores do CadÚnico não ofereciam a transparência necessária. “Agora temos clareza para tomar decisões com transparência e objetividade”, afirmou.
Perfil e origem
O censo traçou um perfil detalhado dessa população, revelando que a maioria é composta por homens cisgênero (489) e que 41 idosos estão em situação de rua. Quanto à raça, 321 se declararam pardos e 139, brancos.
O estudo também mostrou que 56,9% declararam não consumir álcool, enquanto 31,2% afirmaram fazer uso de drogas psicoativas.
O dado sobre a origem revelou que a maior parte não é de Foz do Iguaçu: apenas 148 declararam ter nascido na cidade, contra 210 oriundos de outros estados, 193 de outros municípios do Paraná e 97 de fora do país. Além disso, 180 pessoas afirmaram viver nessa condição há mais de 15 anos.
Mapeamento e metodologia
O mapeamento identificou que a população de rua tende a se concentrar perto dos serviços de assistência, como o Centro Pop (região leste) e a Casa de Acolhimento 3 (região oeste).
Com a conclusão do estudo, a metodologia e o sistema ConectaFoz, criados pela prefeitura, passam a ser referência estadual. O sistema será adotado pela Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania em outras 50 cidades do Paraná.