Um estudo revisado por pares e publicado no periódico International Journal of Medicine aponta para uma associação entre a vacinação contra a COVID-19 e o aumento de casos de Alzheimer e de seu estado pré-clínico, o Comprometimento Cognitivo Leve (MCI).
A pesquisa, liderada pelo cientista Jee Hoon Roh, da Universidade da Coreia, em Seul, analisou dados de mais de meio milhão de idosos na capital sul-coreana.
Resultados da pesquisa
O estudo retrospectivo, que utilizou uma amostra de 558.017 pessoas com 65 anos ou mais, comparou a incidência de diagnósticos entre grupos vacinados e não vacinados.
Os principais resultados, observados nos três meses seguintes à imunização com vacinas de mRNA, foram:
- Um aumento de 22,5% na chance de desenvolver a doença de Alzheimer em comparação ao grupo não vacinado.
- Um aumento de 137,7% na chance de desenvolver Comprometimento Cognitivo Leve (MCI).
Para controle, os pesquisadores também avaliaram a incidência de demência vascular e doença de Parkinson, não encontrando relação estatisticamente significativa com a vacinação para essas condições.

Interpretação e limitações do estudo
Os autores concluíram que “evidências preliminares sugerem uma possível ligação” e que “a tendência observada levanta questões sobre o papel das respostas imunes induzidas por vacinas em processos neurodegenerativos”.
Eles destacam que a força do estudo reside em seu grande tamanho amostral, mas apontam como principal limitação a curta duração do acompanhamento, de até 3 meses, um período breve para uma doença crônica como o Alzheimer.