Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (3) pelo instituto Genial/Quaest mostra que 72% dos moradores do Rio de Janeiro defendem que facções criminosas sejam classificadas como organizações terroristas pela legislação brasileira.
O levantamento foi realizado entre os dias 30 e 31 de outubro, com 1.500 entrevistados e margem de erro de três pontos percentuais.
Divergência com o governo federal
O resultado contrasta com a posição do governo federal, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não pretende alterar a legislação para enquadrar grupos como o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) como organizações terroristas.
A administração federal mantém o entendimento de que essas facções devem continuar sendo tratadas como grupos criminosos.
A postura brasileira difere da adotada em países vizinhos, como Paraguai e Argentina, onde os governos têm reconhecido essas organizações como terroristas, endurecendo o combate ao crime organizado.
Debate reacendido após megaoperação
O tema voltou ao centro das discussões após a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro na última semana, que resultou em centenas de prisões e mortes de criminosos.
A ação reacendeu o debate sobre o endurecimento da legislação penal e das políticas de segurança pública.
Apoio popular a medidas mais rígidas
Além do enquadramento das facções, a pesquisa também abordou temas como o aumento das penas para integrantes de organizações criminosas, o fim das “saidinhas” de presos em datas comemorativas e a PEC da Segurança.
Os resultados indicam um amplo apoio popular a medidas mais duras contra o crime organizado, reflexo da crescente sensação de insegurança e do impacto da violência sobre a população do Rio de Janeiro.
 
 





 
 







