Em Foz do Iguaçu, a saúde anda doente, e o diagnóstico não vem do posto nem do hospital, vem do bolso dos médicos. Há quase um mês, cerca de setenta profissionais do programa Mais Médicos estariam sem receber a parte que cabe à Prefeitura.
A parte federal, OK. A parte municipal? Sumiu do mapa, talvez esteja em observação na UTI orçamentária.
A desculpa oficial teria começado com a velha troca de sistema, o “bug” preferido da administração pública. Mas, como sempre, bastou apertar um pouco o torniquete pra sangrar a verdade: o cofre secou.
O dinheiro acabou. E junto com ele, a paciência dos médicos, que agora atrasam aluguel, escola dos filhos, boletos, internet. Até o Wi-Fi ficou doente.
Nos corredores da saúde, o rumor é de que até os repasses para exames teriam sido cortados. As clínicas receberam um “pedido de moderação”: façam menos exames. É o tipo de economia que dói, mas não cura.
Enquanto isso, o Governo Federal segue bancando a maior parte da conta, inclusive o salário desses médicos, e Foz, que deveria arcar só com a ajuda de custo, não estaria conseguindo pagar o “mínimo vital”.
Ironia fina: a cidade que recebe turistas do mundo inteiro pode acabar perdendo os médicos que cuidam do seu próprio povo.
Se o convênio for rompido, o prejuízo é grande: o município teria que se virar sozinho para contratar profissionais, e o caos que hoje é administrativo pode virar humanitário.
Durante esta semana, vamos acompanhar os desdobramentos dessa história, e se de fato, a situação está como contam nos corredores do Hospital Municipal de Foz do Iguaçu.

















































