As vezes parece que no Brasil o crime compensa. É uma sensação ruim, mas que parece fazer sentido quando a gente vê quanta violência e roubo acontecem por aí. Na minha opinião – e a de milhões de brasileiros que vivem a vida certa –, o problema é que o nosso sistema, em vez de resolver, acaba ajudando a criminalidade.
Os números mostram um pouco disso. Em Foz do Iguaçu, que é uma cidade de fronteira e tem seus desafios, a gente viu nos primeiros meses de 2025 um aumento nas mortes violentas. Foram 25 pessoas mortas de janeiro a março de 2025, contra 17 nos últimos três meses de 2024. Isso mostra que a violência que mata mais gente aumentou.
Um incremento nos homicídios que não pode ser ignorado e que se soma a outros crimes que impactam o cotidiano, como furtos (517 registros em Jan-Mar/2025), roubos (123) e estelionato (431), segundo relatórios do próprio governo estadual. Esses números frios representam, na prática, o medo, a perda e a insegurança que aprisionam o cidadão comum.
Acho que nossas leis e a forma como a justiça funciona acabam deixando essa sensação de que o crime vale a pena. Vemos que as audiências na justiça, logo depois que alguém é preso, soltam a mesma pessoa várias vezes, ainda mais se for por crimes que a lei considera “de menor peso”.
Nosso sistema de prisões também está cheio e não consegue ajudar as pessoas a mudarem de vida. E as regras para diminuir o tempo na cadeia acabam fazendo com que quem comete crimes sérios volte mais rápido para a rua do que a gente espera. Tudo isso faz com que o criminoso sinta que não vai dar em nada.
O povo fica indignado quando tentam falar que o criminoso é “vítima da sociedade”. Claro que problemas sociais existem, mas usar essa ideia para justificar tudo e criar leis baseadas nisso parece uma bofetada nos milhões de brasileiros que se esforçam para viver honestamente, seguindo as regras.
Quem está se sentindo preso hoje, na verdade, é o cidadão de bem, que vive com medo e com menos liberdade por causa da criminalidade.
O trabalho da polícia, nessa situação, é enxugar gelo. Eles prendem, fazem apreensões – até vimos nos relatórios que a polícia apreendeu muita droga no final de 2024 (mais de 36 mil quilos, comprimidos e pontos no total), embora a apreensão tenha diminuído no começo de 2025 (pouco mais de 15 mil no total). Mas mesmo com a polícia trabalhando, parece que a lei e o sistema fazem com que tudo volte a ser como antes.
Para melhorar de verdade, a gente precisa olhar para países onde a criminalidade é menor. Neles, as pessoas geralmente respeitam mais as leis, e a justiça funciona de verdade, sem demora. É bem diferente do que a gente vê por aqui.
Para mudar isso no Brasil, precisamos de uma mudança muito grande e rápida nas nossas leis.
Quem sabe até fazer novas regras básicas para o país, como uma nova “Constituição”. Mas para quem está no poder, fazer essas mudanças grandes muitas vezes é difícil, porque significa mexer em como as coisas estão agora, no status quo, e muita gente não quer que isso mude.
Mas não dá mais para ficar parado. O cidadão de bem está cansado de se sentir preso. Precisamos falar sério sobre isso e ter coragem para mudar as leis e o sistema. Só assim a gente vai conseguir que o crime pare de parecer que compensa e que a justiça, de verdade, funcione para proteger quem vive certo.
Poderíamos seguir o exemplo de Cingapura mas, o sistema está todo corrompido .
Nossas leis não dão respeitadas e com isso a criminalidade só aumenta .
A polícia prende e antes de terminar de preencher a papelada já é acionada pra prender o mesmo bandido que foi solto antes deles finalizarem a parte burocrática .
O crime organizado ,colocou seus pupilos e prosélitos dentro do sistema legal .
Onde já se viu um advogado do PCC por exemplo chegar a mais alta corte num país ordeiro ?
STF soltando condenados pelos mais diversos crimes .
Parem o plante que vou descer .