Há quem ainda ache que jogar limpo é virtude. Que ser honesto em meio à lama é nobreza. É bonito no discurso, rende curtida e aplauso, mas na prática, é o caminho mais rápido pra virar banquete de tubarão.
O homem que se apega às regras enquanto outros conspiram contra ele não é nobre, ele é presa.
Na política, na guerra e no poder, quem trapaceia primeiro escreve a lei. A história, afinal, é escrita por quem sobrevive.
Enfrentar uma traição com honestidade é entrar numa batalha desarmado, acreditando que o inimigo vai jogar flores quando o plano é te degolar. A ingenuidade não é virtude, é brecha.
Se seus rivais envenenam o poço, não tente limpar a água. Crie um veneno ainda mais forte. No jogo do poder, pureza não salva ninguém. O que salva é a astúcia, o cálculo e o momento exato de sorrir pra quem você já decidiu derrubar.
E no fim, quando a coroa já está firme na cabeça, o mundo te chama de sábio, justo, moral.
Porque a moralidade, meu bem, só é elogiada depois que o trono está garantido.


















































