Nesta segunda-feira (23), o deputado estadual Requião Filho oficializou sua saída do Partido dos Trabalhadores (PT) e anunciou sua pré-candidatura ao governo do Paraná nas eleições de 2026. A decisão, que já vinha sendo discutida há meses, marca um rompimento com o partido que ele acusa de ter perdido conexão com os brasileiros, em especial com os paranaenses.
“O belo discurso (do PT) não se sustenta na realidade, e ainda culpam o centrão por políticas determinadas por sua própria equipe de ministros. A maneira de fazer política com cooptação e sufocamento de partidos, sem amparo ideológico, moral e ético, me afasta”, afirmou Requião Filho.
O deputado segue analisando convites de diversas legendas para definir seu futuro político. A escolha, segundo ele, será por um partido que permita construir um projeto sólido de sociedade e governo, envolvendo lideranças, sociedade civil e representantes descontentes com o atual cenário político.
Requião Filho reforçou que sua candidatura terá como foco a redução de impostos, geração de empregos e a melhoria dos serviços públicos. Ele criticou medidas recentes, como a privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a nova rodada de concessões de pedágios no estado.
A saída do PT também foi justificada por divergências em questões estaduais, como a administração da hidrelétrica de Itaipu. Em nota, Requião Filho destacou que “a construção de uma alternativa ao que temos hoje é um movimento em defesa do Estado”.
A ruptura com o PT também reflete a posição de seu pai, o ex-senador Roberto Requião, que deixou o partido após dois anos de filiação. Em sua despedida, Requião criticou a falta de alinhamento entre as promessas de campanha e as ações realizadas pelo governo Lula, descrevendo o sentimento como “desesperança”.