Há muitos anos defendo que Foz do Iguaçu amplie o diálogo e tenha um escritório permanente em Brasília, com equipe técnica dedicada a captar recursos e dialogar com o Governo Federal.
Já falei disso em textos, vídeos e campanhas eleitorais, e sigo repetindo a todos os gestores que têm a responsabilidade de pensar o futuro da cidade.
Essa ideia sempre partiu de uma constatação simples: as decisões sobre os grandes investimentos públicos no Brasil acontecem em Brasília, mas seus efeitos se materializam nas cidades.
Pois agora, e mais uma vez, mesmo sem fazer o seu dever de casa, Foz terá uma oportunidade única — daquelas que poucas cidades do país vivenciam — de receber Brasília dentro de casa.
Nos dias 30 e 31 de outubro, com a presença do vice-Presidente Geraldo Alckmin, a Caravana Federativa do Paraná transforma o Mabu Resort em um relevante encontro entre o Governo Federal, prefeitos, gestores, vereadores e sociedade civil.
O Estado brasileiro, com seus ministérios, autarquias e bancos públicos, vai estar presente na cidade.
A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI), que tem a ministra Gleisi à frente, e pela Secretaria Especial de Assuntos Federativos (SEAF), foi criada em 2023 pelo presidente Lula para aproximar a estrutura federal dos municípios, levando equipes técnicas de dezenas de órgãos e ministérios.
Desde a primeira edição, na Bahia, as caravanas consolidando-se como uma das principais estratégias de reaproximação entre União e entes federativos.
Cabe apontar que Caravana Federativa vai além de ser um evento administrativo: é uma prática de política pública e cidadania. Mesmo que o foco sejam gestores públicos, qualquer cidadão pode participar, conhecer os programas federais, buscar orientações e compreender melhor o caminho entre as necessidades locais e as políticas nacionais.
Quando um servidor municipal esclarece dúvidas sobre convênios, quando uma associação civil entende como acessar um edital, ou quando um vereador aprende a fiscalizar melhor o uso de recursos, todo mundo ganha com isso.
O gesto do Governo Federal de sair de Brasília e ir ao encontro dos territórios expressa uma escolha política importante: governar de perto.
No momento em que as cidades enfrentam desafios urgentes — da infraestrutura urbana à segurança alimentar —, esse tipo de escuta ativa é um sinal de maturidade institucional. E, para Foz do Iguaçu, é mais uma chance de colocar a mão na consciência e entender o seu papel no país.


























