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Home Opinião - Mohamed Ortiz

Travequização feminina: o fim da beleza real

Entre bocas infladas e rostos quadrados, o feminino é gradualmente destruído.

Mohamed Ortizpor Mohamed Ortiz
21 de julho de 2025
em Mohamed Ortiz, Opinião
Tempo de leitura: 3 minutos lidos
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Foto: Reprodução.

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A beleza, por si só, sempre teve um poder quase místico sobre o ser humano. Mais que atração: contemplação. Mais que desejo: fascínio. No entanto, em tempos digitais e narcisistas, esse fascínio parece ter se pervertido.

A busca pela beleza deixou de ser um apreço pelo natural e transformou-se numa corrida delirante rumo ao grotesco. Como se, num pacto silencioso, estivéssemos destruindo a própria ideia de feminino — não em nome da estética, mas da histeria estética.

Outro ponto que me parece claro, neste momento histórico, é a importância que a tecnologia possui em nossas vidas. Hoje, todos estamos permanentemente “conectados” — seja lá o que isso realmente signifique.

A todo momento, comparamos e somos comparados. Tudo muda muito mais rápido; as modas vêm e vão em tempo recorde. Quem se deixa iludir por isso acaba se descolando da realidade.

Em tempos de filtros e retoques, vivemos uma era em que quase ninguém se sente suficientemente satisfeito com seja lá o que for — por muito mais do que alguns dias ou semanas. As roupas, o carro, a casa, o rosto… nada é “atualizado” o suficiente para o ritmo inalcançável das redes.

É dentro desse ambiente que vemos uma explosão na destruição da imagem feminina. Numa mistura de cortes, esticamentos, alongamentos, preenchimentos e toda sorte de novos procedimentos, mulheres passam a se tornar uma colcha de retalhos.

Na busca por se parecer mais com um suposto “ideal” de beleza feminina — ideal este que parece sempre estar no próximo procedimento —, as mulheres parecem perder justamente os traços femininos mais belos.

Acabam retirando o que havia de feminino e masculinizando a própria aparência, com rostos tão quadrados quanto uma caixa de sapatos, bocas que parecem prestes a explodir, olhos que parecem sofrer para se manter abertos pelo peso de cílios que mais se assemelham a asas.

Curiosamente, esses mesmos efeitos — o exagero, a amplificação grotesca de traços femininos — sempre foram a marca daqueles que tentam imitar ou se travestir de mulher.

O exagero serve como disfarce: uma tentativa desesperada de dissimular a estrutura masculina sob uma camada artificial de feminilidade forçada. Estranhamente, na busca por um projeto de mulher que ninguém sabe bem explicar qual é, muitas mulheres atualmente parecem fazer o caminho inverso.

Feitas essas observações, retornamos à realidade que salta aos olhos: o apelo estético contemporâneo vem deformando mulheres em nome de uma beleza que nunca chega.

O que observamos é um projeto de Frankenstein moderno, feito de pedaços desconexos e incompatíveis entre si, que gritam sua estranheza logo no primeiro olhar: bocas gigantescas, que causam receio em quem observa, por conta da sensação de explosão iminente; sobrancelhas tão repuxadas que parecem ocupar um novo espaço nos rostos — rostos esses completamente paralisados na ânsia e na falsa esperança de poder parar o relógio; narizes todos padronizados; traços cada vez mais duros e quadrados, com linhas agressivas.

Na moda atual — onde viraram palavras de ordem termos como “empoderamento”, “autenticidade”, “originalidade” e slogans como “seja você mesmo” e “seja quem você quiser” —, ironicamente, a realidade se tornou a padronização.

Ao abrir as redes sociais, o que vemos são imagens plastificadas, pasteurizadas e homogêneas. Todas iguais. Aliás, não é raro, por exemplo, confundirem diversas famosas pelo simples fato de que todas têm a mesma cara.

A singularidade — essa centelha irrepetível que faz de cada mulher um ser único — está sendo apagada por um molde fabricado, um carimbo estético replicado em série, como peças idênticas numa linha de produção.

De fato, vivemos o ápice de um tempo em que tentam nos convencer de que não existe — ou não se pode classificar, com clareza — o que é “ser mulher” ou “ser homem”. Talvez a bagunça tenha sua origem aí.

Se não conseguimos mais dizer, com clareza e facilidade, o que é uma mulher, o que sobra é a mistura qualquer que qualquer um quiser fazer. Infelizmente, essas misturas vêm sendo realizadas com mulheres colocando a si mesmas como cobaias.

Em parte, por uma tentativa infértil de busca pela juventude eterna e de luta contra o relógio; em parte, por uma corrida desenfreada pelo próximo procedimento que, enfim, as tornará definitivamente belas — muitas estão se jogando em um abismo sem fim, onde já não se reconhecem, não sabem exatamente quem são, nem o que estão buscando.

É chegada a hora de resgatar o feminino antes que ele desapareça. Não o feminino ideológico, pasteurizado ou militante, mas o feminino verdadeiro — aquele que se manifesta nos traços, nas sutilezas, na delicadeza que não grita, mas se impõe.

Se tudo que nos resta é uma caricatura de mulher, então já não sabemos mais o que estamos celebrando — ou mutilando. Há um preço alto a se pagar quando se troca a beleza pela deformação, a essência pela performance e a mulher por sua simulação.

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Mohamed Ortiz

Mohamed Ortiz

Comunicador, cientista político e jornalista com forte presença na análise e cobertura do cenário político brasileiro. Com formação em Gestão Pública e Ciência Política, e atualmente cursando Direito, é também especialista em Comunicação Estratégica e Digital.

Com a palavra, Mohamed Ortiz

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