A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) concluiu, nesta terça-feira, 17 de junho de 2025, a votação do projeto de lei complementar 6/2025, que promove o reajuste salarial para os professores da rede pública estadual.
A proposta do governo, que tramitava em regime de urgência, foi aprovada em duas sessões plenárias e segue para a sanção do Poder Executivo. O objetivo principal da medida é adequar os vencimentos da categoria ao piso salarial nacional vigente.
Novos vencimentos e alcance da proposta
O reajuste abrangerá um total de 68 mil professores ativos e 40 mil inativos e pensionistas com direito à paridade.
Com a nova tabela, o menor salário para um professor em início de carreira, com jornada de 40 horas semanais, será de R$ 6,6 mil (seis mil e seiscentos reais).
Este valor é superior ao piso nacional para a mesma carga horária, que é de R$ 4,8 mil (quatro mil e oitocentos reais). O impacto financeiro anual estimado da mudança é de aproximadamente R$ 456.000.000,00 (quatrocentos e cinquenta e seis milhões de reais).
Além do salário-base, os profissionais recebem um auxílio-transporte no valor de R$ 891,32 (oitocentos e noventa e um reais e trinta e dois centavos) e uma gratificação de tecnologia e ensino de R$ 846,32 (oitocentos e quarenta e seis reais e trinta e dois centavos).
Segundo o texto, os professores no topo da carreira poderão atingir uma remuneração superior a R$ 13,9 mil (treze mil e novecentos reais), somando os benefícios.
O projeto avançou com uma emenda do deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD), que garante a manutenção da estrutura de carreiras da categoria, suspendendo temporariamente outros percentuais de reajuste enquanto a nova tabela estiver em vigor. Uma emenda da Oposição foi rejeitada.
Sanção governamental e pautas pendentes
Com a aprovação consolidada no Legislativo, a proposta aguarda agora a sanção do governador para se tornar lei e ter os valores implementados.
O líder do governo na Alep, deputado Hussein Bakri (PSD), indicou que outros pontos de interesse dos servidores, como a questão da paridade, devem ser debatidos no segundo semestre.