Dessa vez o aumento aprovado pela Aneel vai ser, em média, de 1,55% para residências e pequenos comércios, e 2,99% para as indústrias. Pode parecer pouco, mas todo mundo sabe que, no fim do mês, cada centavo pesa — ainda mais pra quem já vive apertado, escolhendo o que dá pra pagar primeiro.
E o mais curioso (ou revoltante) é que isso acontece justo no início do inverno, quando o consumo aumenta. Quem mora em Foz do Iguaçu e região sabe: chuveiro mais quente, aquecedor ligado, banho do filho menor… tudo isso pesa no relógio e, agora, vai pesar ainda mais no bolso.
A Copel, que vive anunciando lucros bilionários, diz que esse aumento é pra cobrir custos com energia, encargos e distribuição. Mas a verdade é que a gente, consumidor final, quase nunca vê melhora no serviço. E quando chove forte ou venta demais, é só esperar: queda de energia, poste caído e demora no atendimento.
Foz do Iguaçu gera energia pro Brasil inteiro, mas nem por isso temos tarifa mais justa. Ao contrário: continuamos sendo tratados como qualquer outro ponto do mapa. O problema é que o povo daqui já está cansado de pagar sempre a conta — e não só a de luz.
A pergunta é: até quando? Até quando a conta vai subir sem que a gente tenha voz? Até quando vamos bancar lucros sem retorno?
Talvez seja hora de acender outra luz — a da consciência. Cobrar mais transparência, mais responsabilidade e respeito com quem sustenta esse sistema: o povo.