Se acordar já é um ato político, sobreviver à segunda-feira é resistência. O brasileiro cansado não precisa de manual, mas aqui vai um resumo rápido: acorde com esperança, vá trabalhar com fé, e volte pra casa com boleto.
Entre um café frio e um PIX que não caiu, a gente se equilibra no caos com uma elegância que só quem vive em país tropical entende.
O brasileiro aprendeu a rir da própria desgraça porque chorar todo dia dá trabalho. E olha que, mesmo cansado, ele ainda dá bom dia no elevador, segura o portão pro vizinho e paga caro na conta de luz pra ver a novela.
A verdade é que o cansaço virou o novo sobrenome nacional. Cansado do governo, da oposição, da fila do SUS e da taxa do delivery. Cansado de promessas, de reformas e de “mudanças que vão acontecer no próximo semestre”.
Mas o brasileiro não desiste. Ele só faz pausa dramática. Ele levanta, ajeita o cabelo (ou a dignidade) e segue, porque o caos é grande, mas o salário é pequeno, e o sonho, teimoso.
No fundo, o brasileiro cansado não quer muito: só um país que funcione, um salário que dure e um domingo sem notícia ruim. Mas enquanto isso não vem, ele respira fundo, posta um “gratidão” no story e recomeça, com humor, ironia e uma dose cavalar de esperança, porque desistir cansa mais.



















































