Dizem por aí que a diferença entre promessa e realidade é o tempo. Pois bem, passaram-se 100 dias — TRÊS MESES E DEZ DIAS — desde que o General Silva e Luna assumiu a Prefeitura de Foz do Iguaçu. E cá estamos nós, ainda esperando o tal “choque de gestão” que prometia tirar Foz do atoleiro administrativo. Spoiler: o choque veio, mas foi daqueles de tomada mal instalada. Dá um tranco e depois apaga tudo.
Silva e Luna chegou fardado de discurso duro: ia cortar, enxugar, modernizar, moralizar. E de fato cortou umas coisinhas aqui, enxugou outras ali, mas, na prática, o que o povo viu? Um monte de reunião, estudo, planejamento e PowerPoint colorido. A cidade? Continua com buraco, fila, mato alto e o mesmo velho problema: promessa demais, entrega de menos.
Vamos aos números — porque até na enrolação, a matemática não mente: de 104 promessas feitas em campanha, só 39 começaram de verdade. Dezoito estão em “fase de estruturação” (o que na política é um eufemismo bonito pra “vamos enrolar mais um pouco”). E 47? Bem, essas estão mofando em alguma gaveta da burocracia municipal. Ou seja, quase metade das promessas continuam na fase “Deus sabe quando”.
Aí você me diz: “Mas ele cortou gasto com aluguel!” Uau, medalha pro general! Foz precisava de creche, hospital decente, assistência social funcionando, mas recebeu… economia com aluguel. Isso é tipo oferecer suco detox pra quem tá com dengue hemorrágica.
Na segurança, até começou um agrado: compraram viaturas novas, falaram de sede própria pra Guarda, modernizaram umas câmeras. Mas o povo quer sentir segurança, não só ver a viatura passar. E cadê a presença nas ruas? Cadê o guarda no posto? Só se for no slide de PowerPoint.
E a saúde? Ah, meu bem… a prometida revolução digital virou um boletim de fila online e nada de telemedicina. Educação? As 2.000 vagas prometidas continuam tão fantasmas quanto o Terminal de Três Lagoas. Aliás, esse terminal é tipo unicórnio: todo mundo ouviu falar, ninguém nunca viu.
No fim, o general parece estar fazendo cosplay de prefeito. Tem pose, fala firme, orçamento na mão — e uma equipe que parece boa de Excel. Mas, até agora, a gestão é tipo desfile militar: tudo alinhado por fora, mas sem profundidade nenhuma.
A pergunta que não quer calar é: será que ele vai continuar marchando em círculos? Porque Foz não precisa de quartel-general, precisa é de obra, entrega, solução. A cidade quer menos discurso e mais ação, menos austeridade midiática e mais resultado prático. Quer sentir no bolso e no bairro que algo mudou.
Silva e Luna, a tropa está esperando ordens. Só que dessa vez, ordens que saiam do papel.